sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Uma espumante por um antitérmico!

Eram 16 horas e eu me sentia um bagaço. Febril e com a garganta doendo pra caramba. Já havia trampado 7 horas quase que ininterruptas e saí em busca de um antitérmico.
Descolei um antitérmico e uma pastilha anestesiante para a garganta.
Com essas drogas maravilhosas consegui trampar mais 6 horas.
Na saída do trampo, de quebra, tomei uma chuvinha básica e senti calafrios percorrendo meu corpo a cada gota de chuva gelada.
Quando chego em casa meu companheiro (ops) me espera com um espumante que custou $30,00 (valor declarado para tentar aumentar o glamour) e um monte de carnes para eu cozinhar. Disse que estava me sentindo péssima e que não conseguiria encarar uma tentativa de reatamento. Ele lamentou pela grana dispendida em vão e voltou para a sua caverna no meio o ap. Eu, fui cuidar da criança em comum quando descobri que ele havia permitido que ela recortasse uma arte em papel feita pelo meu avô já falecido. Não que eu me importe com isso, sou daquelas que preferem o hoje, o vivo. Mas confesso que saí um pouco da liha dizendo: "Porra! Vc deixou ela picotar a arte do meu avô?!"
O que me doeu é que o fdp começou a gritar que nem sabia que era um trabalho manual do meu avô. Esse fdp nem sabia porque não teve a capacidade de ouvir todas as vezes que eu contei a ele sobre meu avô artista. Gritou ainda que eu estava doente (?) e que não valorizava nada.
Tomei 20 ml de novalgina infantil. Peso 70 kg, acho que a febre não vai passar mas era o que eu tinha em casa.
Não consigo sair para uma farmácia. A farmácia não passa o cartão se vier entregar em casa.
Falei para ele que estava queimando de febre e que não havia antitérmico de adulto.
Não ousei pedir sua ajuda.
Ele se trancou na caverna. Eu que me foda!
Uma cartela de um antitérmico adulto valeria muito mais do que a cara espumante.
Foda-se! Não quero grana. Quero gente, humana, imperfeita com quem possa travar um diálogo.
Espero o acontecimento do encontro, espero...

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