segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mais uma crimidéia

7 de dezembro de 1994. O grupo Bozano Simonsen e os fundos de pensão Previ e Sistel dão um lance de R$ 154,1 milhões para adquirir a Embraer, um dos maiores patrimônios industriais do país, e encerrar um dos capítulos mais conturbados da história das privatizações http://jornal.valeparaibano.com.br/2004/12/05/sjc/privat1.html
http://www.terra.com.br/istoe/1727/1727vermelhas.htm

A Embraer também revisou suas estimativas para 2009. A empresa calcula entregar 242 aeronaves no período (ante 270 na previsão anterior), com uma receita prevista de US$ 5,5 bilhões (ante US$ 6,3 bilhões). Por conta da redução da estimativa de receita, a empresa refez sua previsão de investimentos para US$ 350 milhões neste ano (ante R$ 450 milhões).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u508365.shtml

Eu devo estar ficando maluca... em 1994 a empresa foi vendida por milhões de reais; hoje ela lucra bilhões de dólares e tem que mandar mais de 4.000 funcionários para a rua porque está sofrendo com a crise internacional? Nooosssssaaaaaaaaaa que pena da corporação! Vamos nos humilhar, deixar nossos filhos com fome até que a corporação se recupere dessa inflexão em seus lucros. Vamos contribuir tomando em buracos inusitados nosso amargo remédio até que as corporações se restabeleçam!
Digo corporações porque tem mais uma empresa brasileira caridosamente comprada por outros grupos - que também só nos dava prejuízo; tipo filho que não quer sair da adolescência: bate o carro, engravida a namorada e precisa dormir 12 horas para não atrapalhar o crescimento. Sabe como é? - que colocou muitos funcionários para fora. Pois é, vendemos essas empresas por valores risíeis, atualmente elas lucram muito mais vezes os valores que foram vendidas e ainda mandam um monte de brasileiros embora porque estão sofrendo de inflexão internacional! E na bundinha? Nada?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Se eu fosse

do signo de gêmeos, meu horóscopo diria:

21 fevereiro 2009

Seria impossível deixar de sentir medo, mas já que este sentimento acompanha sua alma há tanto tempo, você poderia aproveitá-lo para exercitar outros tipos de atitudes em relação ao medo, não lhe parece? Isto é possível.

Até o dia do Juízo

21/02/2009 - 10h36
Corpo de Sérgio Naya deve ser velado e enterrado em Laranjal (MG)
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u507723.shtml

Esse aí é outro que foi tarde.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Inferno astral 2009

18 fevereiro 2009

Eventualmente, sua alma está envolvida em certas guerras contra adversários fora do comum, que exigem atitudes excepcionais. Porém, a verdadeira guerra é interior, entre suas aspirações superiores e seus desejos inferiores.

Porra de inferno astral onde predominam os desejos inferiores, sórdidos, aqueles que fujo o ano todo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Na universidade a máquina de escrever perdura


Não sei quem veio primeiro, se foi o ovo ou a galinha, mas o fato é de que o homem cria e modifica as ferramentas que modificam seu pensamento e consequentemente seu viver numa relação dinâmica, dialética.
Imagino que vivemos um momento de rompimento na história da humanidade e a tecnologia digital, virtual e sua organização representa um papel.
Tenho pensado muito nisso nesses últimos dias, mais especificamente sobre as implicações que essa ruptura terá nas instituições universitárias. Meu primeiro pensamento é que a universidade de hoje, sequencial e burocráticos morrerá e um sorriso de delite corre pelo lado direito da minha boca. Logo depois tento ter uma postura branda e procuro me convencer de que a universidade representa algo além desse ambiente escolarizado, que confunde certificação com conhecimento e com se dar bem na vida e ser feliz. Viajo que é um ambiente que ainda reserva algo do ócio, da criação e reflexão. Mas alguns fatos no meu cotidiano acadêmico me dão mais certeza da morte da instituição acadêmica formal. Acredito que o comportamento das pessoas que fazem parte de uma instituição em sua maioria, reflete o pensamento da instituição como um todo. Agora vamos aos fatos: solicitei um artigo científico para uma biblioteca universitária.Apesar da web ter uma infinidade de informação com livre acesso, normalmente as revistas científicas fazem parte de um pedaço da internet que precisa de senhas, de assinaturas e de pagamentos. As bibliotecas universitárias têm maior destreza em obter esses artigos em versão digital e por um valor que depende do número de páginas do artigo e se está disponível em uma biblioteca universitária nacional ou internacional. Há anos solicito artigos na mesma biblioteca. Envio as referências e o comprovante de pagamento por email e eles me enviam os artigos.
Este ano que passou solicitei uma lista grande de artigos e a medida que eles iam chegando na biblioteca eram enviados à mim por email. Faltaram 2 artigos e semana passada enviei um email comunicando ao órgão competente e recebi uma resposta mal ajambrada dizendo que eles achavam que tinham enviado todos os artigos mas que a máquina que continha minhas cópias tinha sofrido danos e estava no conserto e que eu aguardasse sua volta. Respondi a eles que beleza, eu esperava o conserto mas que não era necessário o hardware para conferir o envio dos arquivos porque a transação foi feita por email e está lá, no espaço virtual, no histórico do email com todos os arquivos anexados. Não me responderam.
Esta semana solicitei um novo artigo e agora tenho que preencher uma ficha e realizar o pagamento. Realizei o pagamento e qual foi a minha surpresa quando abri o anexo da ficha. Me enviaram uma imagem da ficha xerocada que eles devem ter lá na biblioteca há mais ou menos 20 anos. Faz ao menos 15 anos que não vejo uma máquina de datilografia! Será que eles querem que eu imprima, datilografe os dados na ficha e vá lá na biblioteca e entregue a ficha pessoalemte? Deve ser trote. Só pode ser trote porque sou uma cliente que reclama.
Ou então as bibliotecas universitárias estão para o cativeiro da informação livresca como os mosteiros estavam para o cativeiro do latim e, como estes, sofrerão profundas quebras, modificações e quem sabe se extinguirão. Amém.