quarta-feira, 13 de maio de 2009

De comentário a post

De cometário noutro blog, vislumbrou-se email e, saudosa de escrever aqui, evoluiu para um post.
É inegável a ruptura cultural que rola na contemporaneidade. Os aparelhos eletrônicos (aqueles que simulam um, ou mais de um, tipo de pensamento) com a cultura telemática (computador mais meios de comunicação em massa) podem pirar um simples mortal.
Eu, Pessoalmente, em frente a tabacaria, piro. Sou de uma geração que aguardava a TV da avó esfriar para ver o Raul no Fantástico. Que deliciava-se quando algum amigo sortudo me aplicava um disco importado...Cresci assim. Hoje, nem tenho TV. Explico melhor: só tenho o aparelho, declino o serviço. Qualquer canal é poltergeist quando não representa a imagem primalmente escolhida (eu sei que não é bem assim...).
Recebi uma mensagem: "fui lá, o Ultraje tocou e me lembrei muito de você. Tem coisa no site..."
Encontrei o projeto, downloads consentidos, mais que isso, (é uma paráfrase de uma fala do Roger numa gentil entrevista num blog, mas perdi o caminho...) e ele dizia que não estavam preocupados em acertar, em ter música de trabalho.
Talvez eles queiram apenas tocar no Chacrinha e have fun. Não tem mais Chacrinha? Talvez eles queiram apenas brincar, divertir-se. Eu também...
Mais: os caras têm um blog. Os últimos posts do Roger são muito legais. Me orgulho autenticamente de ter indicado o cara para a reitoria da universidade: http://viagensprivadas.blogspot.com/2008/04/vote-roger-rocha-para-reitoria.html
É isso aí Roger! Chuta o balde! Se a galera almejasse saúde, ia pedalando para suas atividades cotidianas. E depois caminharia dos bares para suas casas (porque pedalar chapado é queda na certa!). O "monopólio radical" (Illich, Convivencialidade) do automóvel pode , mas gozar a nicotina não pode? E ainda tentam justificar com o conto do "Sabemos o que é melhor para a sua saúde".
Enfim, o blog é legal, a proposta do inacabado é legal, o som do Ultraje é do caralho e de graça, consentido, é melhor ainda! Os caras criam, desafiando as ferramentas ao invés de serem programados.
Viva a força de resistência do rock!