sábado, 19 de janeiro de 2008

Parem o provedor que eu quero descer!

Já comentei meu entrave com a porra do provedor.
A cada passada pelo mesmo tenho mais certeza de que não habitamos a mesma dimensão.

Mais um factóide:

No banheiro das meninas, Supla alfineta estilista do punk
http://colunas.g1.com.br/redacao/2008/01/18/no-banheiro-das-meninas-supla-alfineta-estilista-do-punk/

Ãh? Como assim? Agora o punk se veste com estilista e tem banheiro de meninas!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Somos todos piscianos II

E este ano parece que nosso inferno astral começou mais cedo.
Força, coragem, sabedoria e cuca fresca para enfrentar todos os percalços de todas as dimensões. Amém.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Em tempos de... funchs...whatever

Nossa tv é monitor, não pega um canal, nem os mais podres.
Por anos enganamos as telefônicas com provedores e senhas duvidosos. Sei que a primeira vista pode não parecer muito ético porém a venda casada (telefônica + provedor) é ilegal e tecnicamente dispensável. Portanto, no meu ponto de vista, enganar o usuário com a afirmação de que só acessa se tiver provedor e se aproveitar financeiramente dessa mentira é bandidagem. Após um grande pau e 2 dias brigando com o neoliberalismo não conseguimos conectar sem provedor. Uma merda! Desesperados com a falta de conexão nos rendemos aos bandidos e assinamos um provedor que pertence a uma grande organização televisiva (?) e que coloca a disposição parte de sua programação.
Tenho gosto por novelas. Definição de Massaude Moisés: "a novela, histórica e essencialmente, ocupa situação de relevo menor que o do conto e o romance. Identificada com as manifestações populares de cultura, sempre correspondeu a um desejo de aventura e fuga realizado com o mínimo de profundidade e o máximo de anestésico. Por outras palavras, só raramente atinge o nível de requintamento conseguido pelas duas formas em prosa que lhe são vizinhas. Prato variado mas ligeiro, não se detém no exame da vida e apenas se preocupa com o pitoresco que seduz e desaparece de pronto. Coloca-se, assim, em posição quase diametralmente oposta à do conto e do romance, pois o panorama que das coisas oferece é das coisas oferece é bem outro. Enquanto modo de conhecimento da realidade, a novela ilude e mistifica por obrigar todas as situações a se enquadrarem num andamento acelerado, cheio de pitoresco, que não pode ser o da vida diária. Reduzindo a complexidade do real a mera soma de gestos encadeados historicamente, obedientes à ordem linear do tempo, não admite que a realidade seja polimórfica, "transcendente", "oculta", nem que ostente relevo,
e supõe ou pressupõe tudo conhecido, conversível a atos e acontecimentos. Em suma, a novela contempla, não indaga, baseia-se na comtemplação, não na interrogação."
Agora, como temos a novela televisiva à disposição, clico no diabólico provedor quase que diariamente para minha dose anestésica da visão da realidade e não resisto as chamadas para ver os idiotas rendidos, acéfalos e sem sentimentos
(principalmente os que remetem à liberdade) que por livre e espontânea vontade estão confinados se submentendo ao Big Brother.
Quanta besteira! Como chegamos ao ponto de nos submetermos assim à ficção de Orwell e acreditarmos que é diversão? O Dr. Roberto deve estar lá, no planeta alienígena do mal de onde ele veio e para onde voltou quando se entendiou, se deleitando com a nossa falta de relevo.
Para refrescar a mente abro a folha e leio:

16/01/2008 - 03h58

Lula se encontra com Fidel Castro e ressalta "lucidez incrível"

Publicidade

da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalizou nesta terça-feira sua visita oficial a Cuba e ressaltou a "lucidez incrível" e saúde "impecável" do presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, afastado do poder há quase 18 meses por problemas de saúde.

Porra! Estou ficando louca? Lucidez incrível? Saúde impecável? Em 1999, no 46o. congresso da Une Fidel já não me pareceu muito saudável ou mesmo lúcido. Factóides, factóides. Será que nosso excelentíssimo presidente realmente sabe o que significa impecável?
Só pode ser brincadeira.
Bom mesmo é dar um pedal pelo cerrado procurando cachoeiras azuis e tomar uma Aracê preta no final do dia sublimando todo o lixo que nos empurram como realidade.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Incidente na estrada

Dormimos cedo e saimos cedo para chegarmos cedo em casa. Enfrentaríamos 12 horas de viagem de carro no mesmo dia.
Entre São Joaquim da Barra e Itaiutava (quase na metade do caminho) atropelamos um cachorro vira lata grandão, tipo labrador, com aquela cor de terra. O pai estava dirigindo e foi a sorte porque ele manteve os braços fortes. Se fosse eu, provavelmente teria desviado para o lado e batido no carro que estava exatamente alí ou teria brecado e perdido o controle ou teria jogado o carro no vão da pista ou no buraco da tesourinha e sabe lá mais o quê...
Prá ajudar a cadela ficou parada olhando nos meus olhos (eu olhei nos dela) e pegou bem no meio do carro. Estourou o radiador, quicou 3 ou 4 vezes na pista e morreu.
Fiquei chocada, em pânico. Tentei mentir para a pequena que viu tudo: "está tudo bem. Era uma pedra." e algumas outras palavras desconexas ela, por sua vez, prontamenete me esclareceu a situação: "o cachorro estava atravessando, o carro bateu, ele morreu. "
Graças a Deus estamos todos bem, menos o cachorro.
Em poucos minutos chegou o resgate do pedágio que fica na estrada. O seguro resolveu bem as coisas mas tivemos que passar a noite em São Joaquim da Barra.
Cidade bonita, grande arrecadação de impostos, população bem vestida, igreja na praça cheia. Enquanto tranquilizava minha mãe no orelhão, o pai e a pequena foram a igreja para agradecer por nossas vidas e tals. Igreja bonita com 3 imagens enormes. Uma de São Francisco com os pombinhos nas mãos. Durante nosso turismo forçado fomos seguidos por vários cachorros vira-latas, como essa cadela que quase nos matou. Não quero o extermínio dos vira latas mas também não quero correr risco de morte pela crença de uma cidade os têm as centenas.
Cruzamos pessoas legais, preocupadas e solícitas. Não nos faltou nada. Chegamos muito bem ontem. Cansados mas bem. A pequena aguentou firme sem lamúrias, choros ou desobediências. Ganhou um cavalo de vassoura do posto beira da estrada que ela almejava há muito tempo. Seu nome é Pé de pano.
O carro ficou em São Joaquim para conserto e voltaremos para buscá-lo sabe-se lá quando.