terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Falando em cotidiano...

o Oscar está chegando!
Acho essa premiação furada, a cara da indústria cinematográfica, injusta e comercial, mas ela me persegue.
Quando estava na faculdade, na república fazíamos a festa do Oscar. Vinho e pinga misturados com qualquer coisa doce e colorida, roupas de gala customizadas, apresentação e comentários realizados pelas meninas das humanidades, convidados ilustres, estatuetas de papel laminado e no final um baile ébrio. Nem sempre os ganhadores da rep eram os ganhadores oficiais mas a festa era divertidíssima.
Há 3 anos, com a facilidade de acesso, assistimos a lista completa dos indicados e realizamos nosso próprio julgamento. Sem baile ébrio e tals, mas mesmo assim ainda é divertido.
Dos indicados assisti 3: Vick e Cristina assisti durante as férias no cinema. As imagens de Barcelona são poucas, mas as cenas com Javier Bardem e aquele jeito artístico de "não estou nem aí" deixa qualquer fẽmea maluca. O curioso caso de Benjamin Button é legal. Uma boa estória sustenta qualquer apresentação. Ontem assisti Quem quer ser um milionário? Romance legal, bem costurado com cenas coloridas da misteriosa Índia. Imperdível é o clipe com inspiração no Triller do Michael que os atores protagonizam no final. Coreografia bizarra.
No ritmo do abaixa, abaixa aguardo mais indicações.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Minhas férias

Primeiro post do ano. Intitulei o post e achei brega. Uma semana depois volto à ele.
Natal: família eh, família ah. Toda ela envolta da minha mãe viúva 2 x, órfã de filho, na casa centenária da família. Foi legal, comemos pra caramba, amigos vieram visitar e a criançada brincou.
Dia 26 tomamos o chopp mais cremoso de SP num buteco na Sta. Efigẽnia e dia 27 estávamos no litoral norte de SP: Camburi. Praia de surf e limpa.
A caminho do camping descobrimos que as ruas de terra receberam pavimento e que a ponte de madeira havia sido substituída por concreto onde super carros rodavam. Uma fila de condomínios dominou completamente a vista da praia.
Acampamos sob a sombra do jambolão.
Assim que a pequena viu a praia exclamou: "é a praia mais bonita do mundo!" Bons presságios vieram.
Na virada do ano o camping contava com 120 barracas, mais ou menos 300 pessoas.
Muitas crianças e a pequena fez várias amizades. Se deleitou com as variadas tatuagens das diversas tribos. Todas as noites convidava os amigos para jantarem. Pescados suculentos pululavam da churrasqueira jengis kan.
Amiga habitué era Isa. Uma graça. Um dia, curiosa com a vida na barraca adentrou com a pequena. Foi logo dizendo: "_ Não pode deitar na cama com as cobertas desdobradas!" E passou à aula de dobrar cobertas. A pequena relutou, disse que não precisava, mas acabou consentido com a aula teórica-prática recheada de reflexões morais e supersticiosas sobre a necessidade de dobrar as cobertas.
Outra figura: chileno fugido com os pais da ditadura. "_ Não pago nenhum imposto, não senhor!" exclamou certo entardecer. Outra pérola da figura: "_ Mina que fica muito cheia de conversinha na noite...se sentindo... vou logo pedindo 5 real emprestado. Vaza rapidinho!" E rimos muito pelos 4 dias chuvosos do início do ano.
O sol voltou e o camping já estava praticamente vazio. Quando não estávamos na praia a pequena brincava com outras crianças pelo terreno. Teve bolo de lama, pega pega, bola e corda amarrada nas árvores. Uma delícia. Agora, no apartamento ela de vez em quando pergunta: "_ Mamãe, você se lembra de quando estávamos na praia?"
Me lembro e sinto saudade da brisa do mar.
O jeito agora é se entreter com o cotidiano e esperar até as próximas.


I