Minha caneta estourou dentro da pochete. Tudo azul. Minhas mãos, meus papéis, minhas chaves, meu telefone. Deve ter estourado pela energia emanada depois que eu briguei com o gerente do estacionamento porque tinha amarrado minha bike num cano qualquer daquele lixo. O estacionamento não disponibiliza lugar adequado para amarrar a bike. Não acho que deva pagar. Mas o panaca também não veio me cobrar. Veio me dizer que eu devia solicitar a sua autorização todas as vezes que quisesse parar a bike lá. Eu! Ficar pagando pau pra mané! Vá à merda! E o cara foi muito grosso, se achando poderoso, cheio de empáfia.
_ Estou me sentido constrangida com sua atitude e quero o nome e telefone do seu superior para formalizar uma queixa.
_Meu nome é Roberto Carlos, sou o gerente e acima de mim só o senador.
_Que senador?
_Não posso dizer o nome não.
_Ah é? Então foda-se, vai lamber o cú do senador! Aquele bandido! Seu proletário vendido!
Por que não falar o nome do senador dono do estacionamento Época do Libety Mall? Tenho certeza de que nem deve estar no nome do cara.
Filho da puta! Minha bike amarrada lá 1 hora por semana com certeza lesará as finanças do ilustre senador.
E como brinde, a caneta estourou dentro da pochete.
Inferno astral, blá.
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